O calendário anda rápido e entre estudo, trabalho e afazeres o check-up feminino vai ficando para depois. Porém, atenção: a saúde da mulher costuma pedir cuidado constante e não apenas quando há algum incômodo. Em outras palavras, prevenir é sempre mais seguro do que remediar.

A seguir, trazemos um guia sobre quais exames ginecológicos e avaliações gerais costumam entrar em cada etapa da vida, com foco na prevenção de doenças femininas e acompanhamento contínuo.
Adolescência e início da vida reprodutiva
A primeira consulta com a ginecologia abre caminho para esclarecer dúvidas sobre ciclo, sexualidade segura e vacinas. A avaliação clínica inclui medida de pressão, peso, altura e histórico familiar. Para quem já iniciou a vida sexual, o rastreio de infecções sexualmente transmissíveis pode ser pedido conforme o risco. O exame do colo do útero costuma começar mais à frente, mas este é o momento de criar vínculo com o cuidado e reconhecer sinais do próprio corpo.
Dos 20 aos 39 anos
O acompanhamento regular ganha ritmo. O exame ginecológico periódico avalia mamas e região pélvica, orienta sobre contracepção e planejamento reprodutivo e mantém o rastreio de ISTs quando indicado. A citologia cervical, conhecida como Papanicolau, geralmente inicia por volta dos 25 anos em mulheres sexualmente ativas, com intervalo definido pelo resultado e pela recomendação médica. Entram em cena também aferição de pressão arterial, glicemia e perfil lipídico, pilares para prevenção de doenças femininas e cardiovasculares. A mamografia pode ser antecipada em casos de alto risco, decisão que deve ser compartilhada. O acompanhamento regular pode garantir que esses riscos sejam bem avaliados.
Dos 40 anos em diante
A vigilância precisa de ajustes finos. O exame clínico das mamas segue anual e a mamografia passa a ser discutida com mais ênfase. Muitas mulheres iniciam o rastreio nesta década, enquanto outras começam um pouco depois, de acordo com fatores de risco e preferência pessoal. O preventivo do colo do útero continua conforme histórico de resultados e idade. Pressão arterial, glicemia, colesterol e avaliação do peso mantêm acompanhamento periódico. Dependendo da orientação recebida, o rastreio do câncer colorretal pode entrar no calendário a partir dos 45 anos.
Menopausa e pós-menopausa
Com a variação hormonal, prioridades mudam. A mamografia permanece no cronograma, com intervalo definido em consulta. A saúde óssea ganha destaque e a densitometria pode ser indicada por idade ou fatores de risco. Qualquer sangramento uterino após a menopausa merece investigação rápida. O cuidado cardiovascular torna-se ainda mais relevante, já que aumentam as chances de hipertensão, diabetes e dislipidemias. Em quem reúne histórico de resultados normais suficientes, a citologia do colo pode ser encerrada por volta dos 65 anos, sempre com decisão registrada.
Como organizar o check-up feminino
Uma consulta anual ajuda a ajustar o calendário de exames, revisar vacinas, discutir hábitos e interpretar resultados. Ultrassonografias e dosagens hormonais não fazem parte do rastreio de rotina em todas as mulheres e costumam ser solicitadas quando há indicação clínica. Mais importante do que acumular exames é construir um plano de cuidado contínuo e realista, que considere idade, histórico familiar e preferências.

Sinais que pedem atenção imediata
Dor pélvica persistente, sangramentos fora do padrão, corrimento com odor forte, dor durante a relação sexual, nódulos mamários que não regridem após o ciclo e alterações de pele no mamilo exigem avaliação médica. Após a menopausa, qualquer sangramento deve ser investigado.
A saúde da mulher se fortalece com prevenção, acompanhamento e informação. Exames ginecológicos no tempo certo, mamografia conforme indicação e monitoramento clínico regular formam uma base para viver com mais tranquilidade.
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*Este material é educativo e não substitui consulta com profissional de saúde.