Hospital Azambuja fortalece a luta contra o câncer de intestino através da campanha nacional ‘Março Azul’

Neste mês de março, o Hospital Azambuja se une à campanha nacional ‘Março Azul’, que tem por objetivo a conscientização sobre o câncer de intestino. A iniciativa visa alertar para os fatores de risco e os sinais do corpo relacionados a essa doença.

O câncer de intestino figura como uma das principais causas de morte por câncer no Brasil, afetando anualmente milhares de famílias. Embora seja prevenível através de métodos diagnósticos acessíveis, como o teste de sangue oculto nas fezes e a colonoscopia, a doença continua sendo um grande desafio para o sistema de saúde brasileiro.

Em resposta a essa realidade, entidades como a Sociedade Brasileira de Endoscopia Digestiva (SOBED), a Sociedade Brasileira de Coloproctologia (SBCP) e a Federação Brasileira de Gastroenterologia (FBG) promovem a campanha nacional Março Azul. Este ano, a campanha adota o lema ‘Médico e paciente: uma parceria que salva vidas! Juntos na prevenção do câncer de intestino’ destacando a importância da colaboração entre profissionais de saúde e pacientes na prevenção do câncer de intestino.

Pelo quarto ano consecutivo, a campanha visa conscientizar profissionais de saúde, gestores, decisores políticos e pacientes sobre a importância da prevenção, do diagnóstico precoce e do tratamento adequado do câncer de intestino, buscando reduzir sua incidência no país. A iniciativa ressalta a colaboração entre o sistema de saúde e as entidades médicas especializadas, visando promover a saúde e o bem-estar da população brasileira.

Em Brusque, o Hospital Azambuja oferece o Espaço Gastro, uma clínica dedicada exclusivamente ao atendimento e acompanhamento de pacientes que buscam exames relacionados ao aparelho digestivo. Com uma equipe especializada e equipamentos de alta tecnologia, o Espaço Gastro realiza procedimentos como colonoscopia e endoscopia, fundamentais para a detecção precoce e tratamento de doenças.

O coloproctologista Dr. Paulo Enrique Z. Coppini, do Corpo Clínico do Hospital Azambuja, ressalta que a prevenção e a detecção precoce do câncer de intestino são fundamentais para a saúde. “Hoje, a colonoscopia é o principal exame utilizado na prevenção desse tipo de câncer. Ela é realizada em ambiente controlado e seguro, com o mínimo de riscos. O exame é indolor, realizado sob uma sedação profunda, de muito baixo risco e que para sua realização necessita apenas de uma dieta mais restrita e uso de laxativos nos dois dias anteriores para uma boa detecção dos pólipos, que são pequenos tumores benignos e objetos dessa prevenção e que se não forem adequadamente tratados a tempo, podem se transformar em câncer”, explica o médico.

Ao diagnosticar o câncer de intestino, o médico pode recomendar o melhor tratamento para cada caso, que pode incluir cirurgia, quimioterapia, radioterapia e terapia biológica. Além disso, é essencial realizar um acompanhamento rigoroso com consultas e exames mesmo após a cura, para evitar ou detectar um possível retorno da doença.

Números

De acordo com estimativas do Instituto Nacional do Câncer (Inca), espera-se que entre 2023 e 2025 ocorram 45.630 novos casos de câncer colorretal no Brasil, potencialmente afetando mais de 136 mil brasileiros. O Inca aponta um risco estimado de 21,10 casos por 100 mil habitantes, divididos entre 21.970 homens e 23.660 mulheres. Dados do Sistema de Informações sobre Mortalidade (SIM) do DATASUS, referentes a 2020, indicam que 20.245 pessoas faleceram devido ao câncer de cólon, reto e ânus, ressaltando a urgência de ações preventivas e de conscientização.

Atualmente, cerca de 85% dos casos de câncer de intestino são diagnosticados em fase avançada, o que aumenta os custos com o atendimento de saúde – cirurgias, quimioterapia, radioterapia – e diminui as chances de cura para um dos tumores malignos mais frequentes e fatais no país.

Sintomas e prevenção

Os principais sintomas do câncer de intestino incluem alterações recentes no hábito intestinal, como diarreia ou constipação que não se resolve espontaneamente ou com medicação, presença de sangue nas fezes, cólicas abdominais persistentes, dor durante a defecação e/ou sensação de evacuação incompleta, redução do apetite que pode ou não estar acompanhada de perda de peso, e anemia.

O tumor intestinal pode ser influenciado por diversos fatores de risco, incluindo histórico familiar de câncer, sobrepeso ou obesidade, idade igual ou superior a 50 anos, uma dieta rica em alimentos processados e carne vermelha, tabagismo, consumo excessivo de bebidas alcoólicas, e a presença de doenças inflamatórias intestinais, como retocolite ulcerativa e doença de Crohn.

“A prevenção do câncer de intestino está fortemente ligada a um estilo de vida saudável”, reforça Dr. Coppini. “Incluindo a prática regular de exercícios físicos, manutenção do peso ideal, abstenção do tabagismo e consumo moderado de bebidas alcoólicas. Além disso, é recomendável adotar uma dieta rica em verduras, frutas, legumes, farelos e cereais integrais, beber cerca de dois litros de água por dia e limitar o consumo de carne vermelha e alimentos ultraprocessados e embutidos”, complementa.

Quanto aos exames de prevenção, o médico alerta que é essencial realizar a colonoscopia a partir dos 45 anos, ficar atento aos sinais de alerta da doença e não hesitar em buscar avaliação médica. “A prevenção e o diagnóstico precoce são fundamentais para combater o câncer de intestino e garantir uma vida saudável”, conclui Dr. Coppini.

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