As primeiras fases da vida de um bebê são marcadas por muitas descobertas e novos aprendizados, não apenas para a criança, mas para toda a família. Um dos cuidados essenciais para garantir a saúde do pequeno é a vacinação infantil. Os benefícios de um esquema vacinal completo são imensuráveis, protegendo o bebê de diversas doenças potencialmente graves.
O que é a vacinação e por que vacinação infantil é tão importante?
A vacina é uma preparação biológica que fornece imunidade adquirida ativa contra uma doença específica. Ao introduzir uma forma atenuada ou inativa do agente causador da doença no corpo, a vacina estimula o sistema imunológico a reconhecê-lo e a combater a doença no futuro.
No primeiro ano de vida, o sistema imunológico do bebê ainda está em desenvolvimento. Isso torna as crianças particularmente vulneráveis a várias doenças infecciosas. A vacinação infantil é a ferramenta mais eficaz para proteger os bebês dessas doenças, muitas das quais podem ser fatais ou causar sérias complicações.
A janela de vulnerabilidade
Quando os bebês nascem, eles vêm ao mundo com um sistema imunológico em fase inicial de desenvolvimento, o que significa que ainda não estão totalmente equipados para combater uma ampla gama de infecções e doenças. Esta fase, caracterizada pela fragilidade imunológica, é frequentemente referida como a “janela de vulnerabilidade”. Durante este período, os recém-nascidos estão especialmente expostos e correm um risco elevado de contrair doenças potencialmente graves. É aqui que a vacinação infantil desempenha um papel crucial. As vacinas funcionam como um escudo protetor, preparando e fortalecendo o sistema imunológico do bebê para enfrentar e combater eficazmente essas ameaças. Assim, a vacinação não só protege os bebês durante esta janela crítica, mas também contribui para a sua saúde e bem-estar a longo prazo.
Vacinas no primeiro ano de vida
O calendário de vacinação infantil é cuidadosamente planejado para proteger as crianças contra doenças específicas em diferentes fases de sua vida. No primeiro ano, são administradas vacinas que protegem contra doenças como tuberculose, hepatite B, difteria, tétano, coqueluche, poliomielite, entre outras.
A vacinação infantil não é apenas uma responsabilidade dos pais, mas também uma questão de saúde pública. Quando uma alta porcentagem da população é vacinada, cria-se uma “imunidade coletiva”, protegendo até mesmo aqueles que não podem ser vacinados, como bebês muito jovens ou pessoas com certas condições médicas, mas toda a comunidade prevenindo possíveis surtos e epidemias.
A situação da vacinação infantil no Brasil
O Brasil, historicamente, é reconhecido por possuir um dos programas de imunização mais robustos e abrangentes em escala global. Este programa tem sido fundamental para a erradicação e controle de diversas doenças que, no passado, causaram inúmeras mortes no país. No entanto, nos últimos anos, o país tem enfrentado desafios significativos na manutenção dessas taxas de vacinação, especialmente entre o público infantil.
De acordo com informações divulgadas pelo Senado Federal em 2021, aproximadamente 60% das crianças brasileiras foram vacinadas contra hepatite B, tétano, difteria e coqueluche. Estes números são preocupantes, pois estão abaixo do ideal para garantir a imunidade coletiva. Além disso, para doenças gravemente contagiosas como tuberculose e poliomielite, a taxa de vacinação foi de cerca de 70%.
É importante ressaltar que, para assegurar a proteção coletiva e evitar surtos de doenças, a Organização Mundial da Saúde (OMS) recomenda que entre 90% e 95% da população infantil esteja devidamente imunizada. As baixas taxas de vacinação podem resultar em surtos de doenças que já estavam controladas, colocando em risco a saúde de milhares de crianças e comprometendo a saúde pública como um todo.
Portanto, é essencial que haja investimentos contínuos em campanhas de conscientização sobre a importância da vacinação, bem como esforços para superar os desafios logísticos e de infraestrutura que possam estar impedindo o acesso à vacina em algumas regiões do país.
Por que algumas crianças não são vacinadas?
Existem várias razões para a queda nas taxas de vacinação infantil. Algumas famílias têm preocupações sobre a segurança das vacinas, muitas vezes alimentadas por informações incorretas ou enganosas. Outros podem ter dificuldade em acessar serviços de saúde ou não estar cientes da importância da vacinação infantil.
A vacinação infantil é uma das intervenções de saúde mais eficazes e rentáveis disponíveis. Proteger seu filho através da vacinação é um ato de amor – não apenas para seu próprio filho, mas para toda a comunidade. Ao garantir que seu filho esteja atualizado com suas vacinas, você está desempenhando um papel vital na criação de um mundo mais saudável e seguro para todos.
Quais são as vacinas indicadas para as crianças?
O Calendário Básico de Vacinação da Criança, indicado pelo Ministério da Saúde, para o primeiro ano de vida do bebê é o seguinte:
Ao nascer:
- BCG – ID: 1 dose (Previne formas graves de tuberculose)
- Vacina contra hepatite B: 1ª dose (Previne Hepatite B)
1 mês:
- Vacina contra hepatite B: 2ª dose (Previne Hepatite B)
2 meses:
- Vacina tetravalente (DTP + Hib): 1ª dose (Previne Difteria, tétano, coqueluche, meningite e outras infecções causadas pelo Haemophilus influenzae tipo b)
- VOP (vacina oral contra pólio): 1ª dose (Previne Poliomielite/paralisia infantil)
- VORH (Vacina Oral de Rotavírus Humano): 1ª dose (Previne Diarréia por Rotavírus)
4 meses:
- Vacina tetravalente (DTP + Hib): 2ª dose (Previne Difteria, tétano, coqueluche, meningite e outras infecções causadas pelo Haemophilus influenzae tipo b)
- VOP (vacina oral contra pólio): 2ª dose (Previne Poliomielite/paralisia infantil)
- VORH (Vacina Oral de Rotavírus Humano): 2ª dose (Previne Diarréia por Rotavírus)
6 meses:
- Vacina tetravalente (DTP + Hib): 3ª dose (Previne Difteria, tétano, coqueluche, meningite e outras infecções causadas pelo Haemophilus influenzae tipo b)
- VOP (vacina oral contra pólio): 3ª dose (Previne Poliomielite/paralisia infantil)
- Vacina contra hepatite B: 3ª dose (Previne Hepatite B)
9 meses:
- Vacina contra febre amarela: dose inicial (Previne Febre amarela)
12 meses:
- SRC (tríplice viral): dose única (Previne Sarampo, rubéola e caxumba)
15 meses:
- VOP (vacina oral contra pólio): reforço (Previne Poliomielite/paralisia infantil)
- DTP (tríplice bacteriana): 1º reforço (Previne Difteria, tétano e coqueluche)
4-6 anos:
- DTP (tríplice bacteriana): 2º reforço (Previne Difteria, tétano e coqueluche)
- SCR (tríplice viral) – reforço (previne Sarampo, rubéola e caxumba)
10 anos:
- Vacina contra febre amarela: Reforço (Previne Febre amarela)
Para mais informações detalhadas e atualizações, você pode consultar o site oficial do Ministério da Saúde.
O Hospital Azambuja reconhece a importância da vacinação infantil. Por isso, estamos comprometidos em fornecer informações precisas e atualizadas para nossos pacientes e a comunidade em geral. Através de nossos serviços e do nosso blog, buscamos educar e apoiar as famílias, garantindo que cada criança receba as vacinas de que precisa para um começo de vida saudável.
Para mais informações sobre a vacinação infantil e outros tópicos de saúde, convidamos você a visitar o blog do Hospital Azambuja, até a próxima!